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Debates sobre acessibilidade audiovisual no Brasil marcam ações do Editando Sonhos




Debates sobre acessibilidade audiovisual no Brasil marcam ações do Editando Sonhos

Evento trouxe profissionais especialistas no tema



O projeto Editando Sonhos seguiu com suas atividades abertas ao público na tarde desta quarta-feira (24/02) às 14h, com a mesa-redonda “Acessibilidade audiovisual no Brasil”. Com a coordenação do tradutor de audiovisual acessível, Sérgio Nunes, o evento contou com a mediação das convidadas referências no campo, Flávia Mayer (PB), Helena Vigata (DF) e Mimi Aragón (RS).


O encontro foi iniciado com a poesia Editando Sonhos, de Ednilson Sacramento, na voz de Paola Molinari e interpretada em Libras por Wellington Dias. Em seguida, uma homenagem a João Maia, único fotógrafo brasileiro com deficiência visual a cobrir os jogos paralímpicos de 2016. A homenagem também foi uma campanha para ajudar esse profissional a captar recursos para cobrir as Paralimpíadas Tóquio 2021, por meio das vendas de suas camisetas.


Depois foi a vez da audiodescritora Adriana Urpia abrir os trabalhos apresentando os participantes Wellington Dias, intérprete de libras, Ednilson Sacramento, idealizador do projeto e Sérgio Nunes, coordenador da mesa.


Ednilson Sacramento reforçou a campanha do fotógrafo João Maia e lembrou de uma publicação no Instagram que chama a atenção para uma mãe com dificuldade de matricular seu filho na escola, ou seja, de exercer a educação no país, articulando esse assunto com a questão da acessibilidade.


Sérgio Nunes, por sua vez, endossou as palavras do produtor e comentou sobre o apoio financeiro do projeto, fazendo referência à Lei Aldir Blanc e o Prêmio das Artes Jorge Portugal. Em seguida, Nunes fez uma breve introdução de cada convidada da mesa e, na condição de coordenador, intercalou os debates de cada uma com reflexões diversas sobre o tema em pauta.


A primeira a mediar o debate foi Flávia Mayer, coordenadora do projeto “Acessibilidade em produções audiovisuais e no cinema: análise e desenvolvimento de protocolos para a audiodescrição” e vice-coordenadora do Observatório da Linguagem e Inclusão (UFMG e UFPB). Ela questionou sobre como a acessibilidade é aplicada no Brasil, tendo como referências as leis 10098 e a 3146 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que tratam sobre acessibilidade no país.

“A não implementação dessas leis no Brasil não é um demérito da acessibilidade. Infelizmente estamos num país que isso acontece nos variados campos. Mas isso não significa que a gente não possa trazer a discussão e reivindicar. Ao contrário, é mais uma motivação para que nós estejamos juntos aqui não só olhando para as leis, pensando não só na motivação, mas na qualidade da implementação”, argumentou.

Depois foi a vez de Helena Santiago Vigata, líder do grupo de pesquisa Acesso Livre e coordenadora do projeto de extensão Cultura e Sociedade: acessibilidade de peças audiovisuais – audiodescrição e legendagem. Vigata falou sobre sua trajetória de trabalhos e campos de estudos da acessibilidade. “Acessibilidade é um assunto transversal e aí preocupa a todos nós”. Entretanto, a pesquisadora acrescentou que, sobre o panorama da audiodescrição no Brasil, ela acredita que ocorreu uma falha no diálogo com as produtoras, com os produtores culturais e com os artistas.

Com 11 anos de carreira na audiodescrição, a produtora de recursos de acessibilidade comunicacional, Mimi Aragón, defendeu a cultura brasileira. "Sem cultura a gente não consegue avançar no debate sobre a acessibilidade cultural. Se a gente não se mobilizar e fortalecer uma aliança com os produtores culturais, a gente vai colaborar com essas forças políticas que pretendem nos calar", disse, em um tom mais politizado, a fundadora da OVNI Acessibilidade Universal.


O público contou com a participação de profissionais variados, como audiodescritores, professores e roteiristas, do Brasil e do exterior, que interagiam nos comentários durante exibição do evento no canal Editando Sonhos, no Youtube.


“Excelente conjunção nessa mesa”, comentou um dos seguidores, representado pelo perfil da COM Acessibilidade Comunicacional. “Os palestrantes são ótimos e tem uma interconexão muito interessante”, escreveu Aimi Oliveira, outra espectadora. “Momento maravilhoso de aprendizagem! A qualidade dos profissionais presentes na mesa-redonda e no chat é fantástica”, elogiou Sandra Santiago.


A atividade é parte das ações da Jornada Formativa em Acessibilidade Audiovisual, que contará com outras atividades abertas ao público, como a mostra de filmes baianos acessíveis. Para quem se inscreveu nas oficinas da iniciativa, elas acontecem durante toda a semana, com diversas temáticas voltadas para o objetivo do projeto, que tem como proposta habilitar produtores culturais para desenvolvimento de produtos inclusivos.


A mesa-redonda, que já conta com quase 200 visualizações, pode ser acessada pelo canal Editando Sonhos no Youtube por meio do link:


https://www.youtube.com/watch?v=zsNgVOh2Y_Y


O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.


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